A narrativa dos evangelhos não relata especificamente o que ocorreu
na vida de Jesus durante seus 12 aos 30 anos de idade, entretanto o que
foi escrito acerca de sua vida é suficiente para crermos nele, “Na
verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não
estão escritos neste livro. Estes porém, foram registrados para que
creiais que Jesus é o Cristo, o filho do Deus, e para que, crendo,
tenhais vida em seu nome.” ( Jo. 20.30,31).
O objetivo dos evangelhos não é elaborar uma biografia exaustiva da
vida de Cristo, todavia o seu conteúdo é totalmente voltado para o
propósito salvífico, por essa razão as atividades de Cristo durante esse
período não foram comentadas por não se tratar de assuntos
significativos comparado aos eventos relacionados ao seu ministério os
quais nem todos foram mencionados, pois foram inúmeros feitos por Ele
realizados, “Este é o discípulo que dá testemunho a respeito destas
coisas e que as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.
Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez, se todas elas
fossem relatadas uma por uma, creio eu que no mundo inteiro não caberiam
os livros que seriam escritos.” ( Jo 21.24,25).
Os Evangelistas narram a história como testemunhas oculares dos
fatos, ressaltando que são fidedignos que eles viram e ouviram, é o que
escreveram com os próprios punhos e testificaram durante suas vidas e
mesmo sendo ameaçados de morte, não se calaram. Sabemos que o seu
testemunho é verdadeiro.
Algumas especulações infundadas:
Infelizmente a ausência dos relatos bíblicos acerca desse período na
vida de Cristo tem sido motivo de diversas especulações pervertidas,
elaborada por mentes pérfidas que ousam fazer severas afirmações
infundadas. A bíblia afirma que tais serão punidos rigorosamente. “Eu, a
todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: se
alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus acrescentará os flagelos
escritos neste livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da arvoré
da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste
livro.” (Ap 22.18,19.).
As especulações existentes são as seguintes: Jesus após os 12 anos se
afastou da palestina para viver em algum lugar do extremo oriente;
Jesus esteve na Índia convivendo com budistas e bramanistas na babilônia
aprendendo a arte das magias ocultas, no Egito na biblioteca de
Alexandria; na Pérsia (atual Irã), Assíria, Grécia e na Macedônia
aprendendo a filosofia, ou mesmo na Judéia entre os Essênios.
Outros propõem que nessa época Ele tenha se ausentado da terra para
visitar outros planetas, outros grupos alegam que ele permaneceu na
palestina, vivendo uma vida moral relativamente promíscua e depravada,
algumas dessas conjecturas se baseiam nos apócrifos, livros reprovados
por não cumprir as exigências canônicas. Evidentemente essas teorias não
passam de meras especulações humanas, destituídas de base bíblica e de
comprovação histórica.
As evidencias bíblicas:
A despeito do silêncio bíblico sobre esses 18 anos da vida de Jesus,
existem fortes evidências bíblicas de que Ele continuou residindo em
Nazaré até o início do Seu ministério público e que era submisso aos
seus pais e a Deus, contrapondo todas as especulações existentes.
Vejamos:
• Onde Jesus esteve? Somos informados de que, após a Sua visita a
Jerusalém, aos 12 anos de idade, Jesus regressou com José e Maria “para
Nazaré; e era-lhes submisso” (Lc 2:51); que Ele foi criado naquela mesma
cidade (Lc 4:16); que Ele veio “de Nazaré da Galiléia” para ser
batizado por João Batista no rio Jordão (Mc 1:9); e que, após o
aprisionamento deste, Jesus “deixando Nazaré, foi morar em Cafarnaum”
(Mt 4:12 e 13). Por haver residido em Nazaré todos esses anos, Jesus era
conhecido pelos Seus contemporâneos como “Nazareno” (ver Mt 2:23;
26:71; Mc 1:24; 10:47; 16:6; Lc 4:34; 18:37; 24:19; Jo 1:45; 18:5, 7;
19:19; At 2:22; 3:6; 4:10; 6:14; 22:8; 26:9), e os Seus seguidores, como
a “seita dos nazarenos” (At24:5).
Próximo ao final do Seu ministério público na Galiléia, Jesus
retornou a Nazaré, qualificada nos Evangelhos como “a sua terra” (Mt
13:54; Mc 6:1), sendo reconhecido pelos próprios nazarenos como “o
carpinteiro” (Mc 6:3) e o “filho do carpinteiro” (Mt 13:55). Eles jamais
O teriam reconhecido como tal se Ele não houvesse exercido tal
profissão naquela cidade antes do início do Seu ministério público.
• O que fez Jesus? A bíblia afirma categoricamente, para não deixar
margens de dúvidas, que Jesus se preparava para exercer seu ministério,
era obediente a seus pais e tinha a graça diante de Deus e dos homens,
ou seja, Jesus não foi um pervertido mas um exemplo para todos, aprovado
por Deus e pelos homens.
“Crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a
graça de Deus estava sobre Ele”. (Lc 2.40) e “e desceu com seus pais
para Nazaré e em tudo era – lhes submisso… E crescia Jesus em sabedoria,
estatura e graça, diante de Deus e dos homens. (Lc 2. 51,52) A bíblia
está repleta de passagens que corrobora a natureza santa de Cristo.
Vejamos o que foi dito a respeito de sua vida: “Nele não existe pecado” (
IJo 3.5); “Ele não conheceu pecado” (IICo 5.21); “o qual não cometeu
pecado”(IPe 2.22); “sem pecado” (Hb 4.15); Ele mesmo testemunhou a Seu
respeito “Quem dentre vós me convence de pecado? (Jo 8.26).
Espero por meio desse artigo, esclarecer as dúvidas sinceras de
pessoas descentes, que almejam conhecer a verdade, pretendo também
proporcionar ao leitor informações fidedignas para respaldar todas
divergências existente acerca da Veracidade bíblica e da integridade de
Cristo.
Fonte: gospelprime.com (Pr. Sidney Osvaldo Ferreira)
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