sábado, 28 de janeiro de 2012

ONDE ESTÃO OS NOVE? (Lucas 17: 11-19)


Jesus estava indo a Jerusalém para ser crucificado. No caminho, passando pela Galiléia e Samaria, entrou numa aldeia (v. 12). Era um pequeno povoado tão insignificante que nem o seu nome foi citado.

Na entrada da aldeia, Cristo encontrou dez leprosos, os quais pararam de longe. Por quê eles não se aproximaram? A lei determinava que o leproso ficasse isolado da sociedade por causa do seu mal contagioso (Num.  5:2). Logo que a doença era diagnosticada, ele perdia a família, os amigos, o emprego e os bens. Certamente, perdia também a auto-estima e a alegria de viver.
Hoje, da mesma forma, muitas pessoas se encontram arrasadas, sem Deus, sem paz, sem esperança. Precisam encontrar Jesus com urgência. Ali estava um grupo de dez leprosos que encontraram Jesus. Aliás, foi Ele quem os encontrou. Eles jamais poderiam fazer uma caravana rumo a Jerusalém em busca de Jesus. Seriam impedidos com violência pela população. Entretanto, Cristo foi àquela cidade por causa deles. Contudo, suas vidas mudaram completamente porque tiveram um encontro com Jesus. Nenhum outro podia curá-los, mas Cristo podia. Ele á a única esperança para o homem.
O texto mostra que aqueles leprosos sabiam quem era Jesus. As notícias já tinham chegado àquele lugar. Entretanto, não basta ter informações sobre Cristo. É preciso conhecê-lo. Eles criam que Jesus podia curá-los, mas a fé precisa ser colocada em ação. Por isso clamaram: "Jesus, Mestre tem misericórdia de nós" (v. 13). Então, o Mestre lhes deu uma ordem: "Ide, e mostrai-vos ao sacerdote" (v. 14). O sacerdote era responsável pelo diagnóstico. Era ele quem podia confirmar a cura. Aqueles homens, ainda leprosos, precisavam obedecer para serem abençoados, e não o contrário. Sua fé precisava estar além das evidências visíveis. Ainda tinham todos os sintomas da doença, mas deviam obedecer à voz do Mestre, sem questionamentos. Quem sabe naquele momento um deles se olhou e disse aos outros: “Mas nós ainda estamos leprosos, ainda não fomos curados. Porque então devemos nos dirigir ao templo e ao sacerdote, correndo o risco de adentrarmos na cidade e sermos violentados pela população?” O segredo do Milagre é a Obediência. Quando obedecemos mesmo que os nossos olhos não consigam ver fisicamente a concretização da promessa, em seguida a resposta chega.
A obediência demonstra a fé. "E, indo eles, ficaram limpos" (v. 15). Não adianta crer e ficar parado. Em muitas situações, a ação deve acompanhar a fé. Então, os dez leprosos foram curados.

Vendo que estava limpo, um deles voltou para louvar (v. 15), agradecer (v. 16) e adorar (v. 16), prostrando-se perante Jesus. Ele glorificava a Deus em alta voz. Louvando ao Pai, reconhecia que em Jesus operava o poder de Deus. Imediatamente, Jesus perguntou pelos outros nove que foram curados. Não voltaram para agradecer. Cometeram o pecado da ingratidão. Jesus valoriza o louvor, as ações de graças, a adoração, mas, acima de tudo, ele queria ver aquelas pessoas perto dele, rendidas aos seus pés.
Onde estavam os nove? Foram se mostrar ao sacerdote, receberam o atestado de cura e correram para retomarem a normalidade de suas vidas; talvez tenham ido à procura da família, do patrimônio, dos amigos ou à procura de um novo emprego. Não tinham mais tempo para Jesus. Talvez pensassem que não precisavam mais dele. Para eles, Jesus era um abençoador, um curandeiro. Sabiam que ele era Mestre (v. 13), mas não estavam interessados em seus ensinamentos. Queriam apenas a benção, o benefício físico, pessoal e imediato. Muitos são abençoados e logo se afastam de Deus.

O ex-leproso que voltou demonstrou um nível maior de fé e reconhecimento. Hoje, muitas pessoas são curadas, abençoadas, mas poucas querem estar aos pés de Jesus. Poucos querem ter compromisso com Ele, servindo-o como Rei, como Deus e Senhor. Cheguemo-nos a Deus, não apenas por necessidade, mas por gratidão.
Jesus disse àquele homem: "Levanta-te e vai; a tua fé te salvou". Agora, ele podia ir e fazer tudo o que os outros fizeram. Podia recuperar a normalidade de sua vida, mas de uma forma muito mais gloriosa do que os nove companheiros. Ele podia testificar que foi, não apenas curado, mas salvo. Podia dizer que viu Jesus, não de longe, mas de perto. Seu testemunho seria completo e eficaz. Foi transformado de corpo e alma. Recebeu benefícios temporais e também eternos.

Onde estão os nove? O Senhor procura aqueles que um dia foram abençoados e hoje estão distantes dele. É tempo de voltar, prostrar-se aos pés do Mestre, adorando-o de todo o coração.

Tome essa atitude agora, levante-se, Jesus te espera!
Deus abençoe!

Pr Lincoln Lózer

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